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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sobre bola de gude, banho de açude e brincadeiras nas ruas


Depois de ler o texto de Alex fiquei um bom tempo lembrando minha infância, lembrei-me dos desenhos animados e brincadeiras que as crianças de hoje não sabem o que é, muito menos como brincar.

O palco de todas essas brincadeiras eram as ruas, que na época ainda não eram calçadas, o que facilitava desenhar o Garrafão, a linha de centro da barra bandeira ou baleada, ou ainda cavar as três bocas para uma boa partida de bola de vidro, podíamos ainda brincar de “palmo-e-quila” ou triângulo, nesse caso o jogo seria apostado. Brincadeiras que não precisavam de muito dinheiro, mas, que eram melhores de qualquer game station, ou jogos virtuais de hoje em dia.

À noite costumávamos brincar de “trinta e um batido”. Os bons esconderijos eram os muros de dona Virgínia, dona Joaquina, Ziza e alguns terrenos por perto como o de Jaime Melo.

O que eu mais gostava brincar era de Caipira (jogo com enumerado de 1 a 6 ou times de futebol e um dado, como os que aparecem nas festas) a moeda muito forte na época era nota de cigarro, dinheiro que não desvalorizava quanto mas difícil ou caro o cigarro maior o valor da nota, não tinha dinheiro que comprasse uma nota de Luiz XV, um Luck Strike de preferência da caixa de papelão.

O ritual era sempre o mesmo:  catar as notas nas ruas e perder à noite no Caipira. Mas como era bom, mesmo perdendo saía satisfeito.   No vacilo do banqueiro, descobria que o dado (feito de madeira) era viciado. No dia seguinte, já esperava afuturar o dinheiro perdido anteriormente.

Da minha época,  duvido muito quem nunca foi tirar barro na Barragem para fazer bois de barro ou bala para caçar de balinheira.

Das “traquinagens” de criança, a que eu mais cometia era tomar banho no Açude Velho (escondido dos meus pais).  Num desses acabei escorregando na pedra (no pitoco) do açude e caindo de cara.  Quebrei dois dentes da frente.  Nesse dia, Jailson Tartaruga e Júnior de Fátima Andrade,  ao mesmo tempo em que me ajudava tirava sarro da minha cara. Não deu pra mentir pra papai.

Outra coisa que não esqueci foi subir a caixa d’água á noite, eu Tonho de Bernadete e  Gonga de Gonzaga.  Subíamos sem muita cerimônia, degrau por degrau. Lembro muito bem que o antepenúltimo degrau estava muito enferrujado, não podíamos nem pegar. Isso tudo escondido dos vigias e dos nossos pais,  é claro.
“Eu não vivo no passado, o passado é que vive em mim” e assim nunca vamos deixar o nosso tempo de criança morrer…


Vamberto Souza S. Filho

Filho de Vamberto Grangeiro e Gloria de Lourdes. Neto de José Grangeiro e Josefa Alexandre.
Técnico em Equipamentos Médico Hospitalar, microempresário. Apaixonado por Areial, por causos, contos nordestinos e poesia popular. Atualmente, mora no Conde-PB.

Um comentário:

  1. Que delícia ler tuas palavras! Me fez relembrar de coisas guardadas há tanto tempo... Obrigada. Você me fez muito feliz!

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