Eram meados de 1994, quando tive o primeiro contato com a cidade de Areial. Não fazia a menor ideia do que o destino me reservava... Tinha dez anos. E essa pequena cidade era tudo aquilo o que eu não tinha onde morava: Liberdade! Foi um mês cheio. Hospedamos-nos na casa da prima de minha mãe, Socorro Braga (e hoje minha madrinha de crisma).
Um mês repleto de diversão, com direito a futebol todos os dias e “Trinta e um batido”, à noite, nos esforçávamos para não sermos encontrados e para chegar ao marco antes de Peba de Tico (corria demais!), com direito a jogar pião e bola de gude em frente à casa de Dona Paz de Pedro de Abidias, banhos de açude, etc.
Era só um teste. Pouco menos de dois anos depois desembarcamos definitivamente nesta cidade. Realizamos o sonho de meu pai, que era o de retornar à cidade de origem, após longos anos afastado.
Vida nova, novas amizades, nova rotina, novos caminhos a serem trilhados. Fui matriculado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Francisco Apolinário da Silva, onde tive o privilégio de conhecer Dona Mazinha. Professora igual não existiu. Séria quando tinha de ser séria, grande amiga e companheira com todos que precisavam ouvir suas sábias palavras.
Fui parar na turma mais carregada e, pode-se dizer, inteligente do colégio (daquela época). Estudei com figuras como Wandeilson de Marcionila, Naldo de João Luis, Adelson de Antônio Pascoal, Marcelo Guedes de Cícero Traíra, Allison de Dona Guia de Dorgival etc.
Fui parar na turma mais carregada e, pode-se dizer, inteligente do colégio (daquela época). Estudei com figuras como Wandeilson de Marcionila, Naldo de João Luis, Adelson de Antônio Pascoal, Marcelo Guedes de Cícero Traíra, Allison de Dona Guia de Dorgival etc.
Essa cidade pequena e cativante tinha deslumbrado esse pobre menino da cidade grande que até pouco tempo não sabia ainda o que era viver. Areial definitivamente faz jus à estrofe de seu hino que lhe confere o título de “cidade hospitaleira”.
Da cidade onde morei, restaram apenas saudades dos parentes que lá deixei.
Areial me adotou definitivamente como filho desta terra. Sábias palavras quando dizem que “Quem bebe dessa água sempre volta...”. Vi e vivi muita coisa nessa cidade. Presenciei três prefeitos com estilos e personalidades diferentes. Pessoas que contribuíram, cada um a seu modo, para o desenvolvimento dessa cidade. Tantas outras pessoas que pareciam se preocupar somente com o seu próprio umbigo, mas todas tinham e tem a mesma paixão pela cidade na qual vivem.
Nossa cidade se parece conosco. Se somos pessoas boas, generosas, que praticam o bem, consequentemente, nossa cidade será a melhor do mundo. Do contrário, pessoas amargas, invejosas, egoístas tendem a achar que a cidade onde moram é horrível, que não nos remete a nada de bom... Que pena, as cidades são os espelhos das pessoas que lá residem e das expectativas que tem com relação a elas.
Minha cidade, embora pequena, é cheia de talentos artísticos, culturais, com grande vocação política, de gente inteligente, cheia de perspectivas e sonhos, pois assim são meus conterrâneos.
Parabéns Henrique pela sua trajetória. Quero dizer que trabalhamos juntos (eu e seu pai Carlão) na AC Esperança por 2 anos e meio e que o mesmo foi um colega de trabalho espetacular. Lembro quando do falecimento do Carlão (ele com aquele tamanho de 1,90 m). Eu e o outro colega Rubens quando fomos buscá-lo no necrotério, chegando lá o homem se agigantou diante dos nosso olhos e o RUbens adiantou: O homem era um gigante, dois metros de tamanho. Saudade companheiro!
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