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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Brigas e Brigões de Areial




Sou adepto da paz e acredito que ela deva sempre reinar. Porém, o que vou contar diz respeito às brigas e aos brigões de um tempo em que vídeo game não existia e TV ainda era artigo de luxo na maior parte dos lares areialenses. 

A criançada vivia na rua jogando bola, brincando de 31 batido, barra bandeira, baleada, garrafão, etc. e   por isso havia mais contato, mais desentendimentos e consequentemente mais brigas, nada mais que coisas da criançada da minha infância.

Engraçado é, que naquele tempo, as brigas eram fatos marcantes entre a molecada, principalmente quando delas participavam os cabras mais brabos de Areial na época, a saber: Nalvo de Zé Eleutério (vulgo Bebe Óleo, pois seu pai tinha uma oficina vizinho a Zé de Argemiro, na saída da cidade), Bebeto de Miguel Anízio (Conhecido como Boi Ferrado), Wilson de Bernadete (mais conhecido como Ussinha) e Jocélio de Zé Preto.

A primeira grande briga que presenciei ocorreu nos idos de 85 ou 86, no pátio do Estadual Francisco Apolinário da Silva,  em função de uma discussão surgida na brincadeira de barra bandeira, envolvendo Nalvo e Boi Ferrado. Nalvo ganhou fácil esse primeiro embate. E a briga virou assunto entre a molecada da nossa idade por uns cinco dias.

Porém, uma semana depois, na hora do recreio, Boi Ferrado em companhia de Ussinha pegaram Bebe Óleo pra Judas. Dois contra um era covardia.  Nalvo apanhou muito. Ferido, Nalvo prometeu vingança, dizendo que ia pegar um de cada vez. Essa briga foi assunto por mais de uma semana. Certamente, não houve revide, pois não foi noticiado tal fato.

Mas as melhores brigas eram aquelas que envolviam o grande amigo Jocélio de Zé Preto, que tinha como principal arma o porte físico. Pois bem! Meses depois dessas brigas envolvendo Nalvo, Boi Ferrado e Ussinha, durante o recreio do Estadual Francisco Apolinário, o filho de Miguel Anízio se desentendeu com Jocélio, e até iniciou uma troca de murros, mas tomou uma surra da bexiga. A partir dali, Jocélio entrava para a lista do seleto grupo dos “Brabos de Areial”.

Menos de uma semana depois, Boi Ferrado utilizando-se do mesmo artifício que com Bebe Óleo, a ajuda de Ussinha, resolveu dar o troco em Jocélio. Eram dois contra um! O mesmo destino de Nalvo seria dado a Jocélio? Eis que Boi Ferrado e Ussinha cercaram Jocélio para lhe desferir socos e pontapés que foram prontamente revidados.

Apesar da desvantagem numérica, O filho Zé Preto manteve o combate equilibrado e depois de muitos socos e pontapés, mais desferidos do que sofridos, fez Boi Ferrado e Ussinha correrem. O burburinho desse embate durou pelo menos duas semanas entre a molecada e Jocélio foi conduzido ao posto de cabra mais brabo da molecada da nossa faixa etária.

Embora Manezinho (vulgo Manezinho da Cachorra) e Natanael de Geraldo Liberato não figurassem entre os mais brabos da nossa época, protagonizaram muitas brigas engraçadas, até mesmo por não escolherem o local para se atracarem. Brigas deles presenciei umas cinco - eram meus amigos e comigo estudavam. 

Eles deixavam D. Socorro Martins, nossa professora da 2ª e 3ª série, de cabelo em pé, pois na maioria das vezes inventavam de brigar dentro da sala de aula.


 Alex Aires de Souza

Filho de Benedito (de Zé de Souza) e de Lúcia (de Biba Aires). Nascido, criado e tão apaixonado por essa cidade que, de tanto dela falar e contar os causos que nela se passaram, muitos amigos espalhados por esse Brasil me chamam de Areial. 


Bacharel em Ciência da Computação pela UFPB. Analista de Suporte e funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
 

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