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sábado, 8 de janeiro de 2011

Catembas Ilumidas II


 Como escrevi na última narrativa, moro no Rio de Janeiro há 25 anos. Deixei minha cidade natal no auge da minha adolescência e fui estudar para ser padre na cidade vizinha de Lagoa Seca. Minha primeira experiência de seminarista foi no convento dos irmãos Maristas, na época com 16 anos.

Ali, no meio religioso, ganhei a minha primeira festa de aniversário. Depois de adulto fui perceber o significado e o efeito psicológico que este evento teve na vida de uma criança ou de um adolescente.

Quando deixei o convento dos Maristas, fui para a Cidade de Surubim (PE), estudar no seminário Diocesano. Naquela cidade fiquei dois anos. Depois fui para São Paulo estudar no Seminário da Congregação Orionita, fundada por Dom Orine, um Padre Italiano.

Após alguns anos, saí deste seminário e fui novamente ser diocesano, desta vez na Diocese de Lins – SP.  Nesta época, conheci várias pessoas ligadas aos movimentos populares e a partidos políticos de esquerda.  Entrei no PT (Partido dos Trabalhadores), além de me envolver na campanha pelas “Diretas já”, um movimento político em ascensão em todo  o País. 

Em 1983,  quando retornei para a Paraíba,  fui trabalhar como monitor de alunos no “Lar do Garoto”, uma instituição dos padres do Sagrado Coração de Jesus, que  se localizava  em Lagoa Seca, a mesma cidade onde iniciei a vida de religioso.

Alguns padres me convidaram para ingressar na Pastoral Rural, onde desempenhavam um trabalho político importante com camponeses que estavam sendo ameaçados de expulsão de terras por grileiros armados, entre os quais políticos conservadores.

Fui morar nestas áreas de conflitos, que ficavam localizadas no munícipio de Massaranduba, além de outras localidades de conflitos agrários tais como Fazenda Muribeca, Serrotão, dentre outros.  Sofri ameaças morte inúmeras vezes, mas nunca desisti. Continue  lutando por aquilo que eu acreditava.

Este trabalho era coordenado pela Comissão de Pastoral da Terra (CPT), liderado  pela Dra. Tereza Braga, conhecida por enfrentar os esquadrões da morte. Depois de alguns anos morando na zona rural, vi que não recebia o apoio devido da Comissão de Direitos Humanos e da Pastoral da Terra.

Na convivência diária, percebi que essas pessoas recebiam altas somas de recursos para ajudar os camponeses ameaçados de serem expulsos de suas terras, juntamente com suas lideranças, mas que na prática essa ajuda estrutural era quase nada.

Elas precisavam de mais um mártir. A morte de um jovem engajado era um prato cheio para uma  campanha internacional. Antes de acontecer algo mais grave comigo, larguei a luta camponesa e migrei para a cidade de Campina Grande. Lá, encampei uma nova luta por moradias.

Esta história eu conto no próximo texto.

Eugênio Ibiapino

Filho de Eurico Ibiapino e Angelita Ferreira, meus avos paternos, Sesinando Ibiapino e  Maria Madalena da Paz, meus avós maternos, Sebastião Ferreira (Sebastião Chole)  e Santina Balbino. Nasci em 1962, numa rua atrás da Rua Manoel Clementino, e depois passei a maior parte da minha infância e o começo da minha adolescência na Rua Sebastião Benjamim, popularmente conhecida como “Rua da Briga”.

Fundador do movimento LGBT da Baixada Fluminense e Membro Titular do Conselho Estadual de Políticas Públicas para LGBT (Lésbicas, Gays,  Bissexuais, Travestis e Transexuais)  Coordenador Geral da Parada LGBT de Nova Iguaçu; Vice-presidente do Grupo 28 de Junho. 

(21) 9362-8785


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