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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Triângulo: antigo espaço de lazer


Famoso triângulo, onde fica o posto, visto de cima.


Início dos anos 80, um dos melhores pontos de encontro da meninada, senão o melhor em Areial, era o Triângulo, onde hoje funciona o posto de combustíveis. Nas imediações, havia de tudo um pouco para proporcionar lazer à meninada...

Na época, bicicleta era artigo de luxo. Zeca de D. Cherin, que morava em frente ao Triângulo,  oferecia o serviço de aluguel de bicicletas. Devia ter umas três ou quatro Monark barra circular.

Quem estava aprendendo a andar de bicicleta ou precisava ir a algum lugar pagava alguns cruzeiros por um período de locação que poderia ir de 20 minutos a algumas horas. A procura era tão grande que dependendo do horário, não havia uma bicicleta sequer disponível para aluguel.

Às noites, a meninada que morava próximo ao Triângulo se reunia para brincar de 31 batido. Era muita gente: os filhos e filhas de Zeca, os filhos e filhas de Zé Ribeiro, eu, César, os filhos de João Luiz, os filhos de Geraldo de Silva e mais alguns de outras partes de Areial. Lugar para se esconder não faltava: o pé de jaca de Seu Zé Nanin, os quintais da igreja e da casa paroquial, a praça com a antiga piscina, etc.

No triângulo, Rosineide de Zeca (Negona) mostrava toda a sua habilidade na baleada. Era a melhor jogadora da cidade, com uma pontaria sem igual e potência de arremesso que fazia o time adversário tremer, pois quando acertava com a bola de meia em alguém, este ficava com a bola tatuada no corpo por um bom tempo.

Contudo, o que havia de melhor no Triângulo era o racha (futebol) de fim de tarde. Um dos gols ficava colado ao muro que cercava a Telpa e o outro em frente à casa de Zeca. O problema é que começaram a acertar a janela da Telpa, que dava para a Cachorra de Cócoras, ao invés do gol.

De vez em quando, além de acertar a janela, a bola adentrava a Telpa, acertando os que lá estavam para receber ou realizar ligações de/para familiares que estavam fora. De tanto isso acontecer, a polícia, sob o comando do Delegado Irenaldo, resolveu proibir o racha no Triângulo.

Contudo, não desistimos de jogar o velho e bom racha. Perdemos algumas bolas dente-de-leite, é verdade, mas muito nos divertimos correndo com a bola debaixo do braço quando víamos os policiais surgirem  na surdina, tentando nos surpreender. Quando eles conseguiam pegar a bola, cortavam ao meio, fazendo duas cuias.

Vale ressaltar também que os grandes jogadores que deram os primeiros dribles e marcaram os primeiros gols onde hoje está o posto de combustíveis, que provavelmente não seguiram carreira profissional porque a vida não lhes proporcionou a oportunidade de mostrar o grande futebol que desfilavam no Triângulo, dentre os quais se pode citar: Ronaldo e Pêta de Zeca e Dadinho de Eurico.

Já os pernas-de-pau são bem numerosos: César de Biba, os filhos de Zé Ribeiro, os filhos de Geraldo de Silva, eu e tantos outros que iam ao Triângulo jogar futebol, mas principalmente se divertir.


Alex Aires de Souza
Filho de Benedito (de Zé de Souza) e de Lúcia (de Biba Aires). Nascido, criado e tão apaixonado por essa cidade que, de tanto dela falar e contar os causos que nela se passaram, muitos amigos espalhados por esse Brasil me chamam de Areial. 


Bacharel em Ciência da Computação pela UFPB. Analista de Suporte e funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
 







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