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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Infância no sítio de meu avô


Meu avô (Antônio Martins, pai de meu pai) sempre teve sítio e, como de costume no interior, todos ajudavam a plantar e a colher.  Então, a farra era ótima para os netos, costumávamos brincar mais do que trabalhar. A brincadeira favorita era pular na palha de feijão.

Ficava contando os dias para a chegada da máquina de debulhar feijão.  Ela fazia sempre um monte muito alto e subíamos para descer dando cambalhota.  A coceira a gente nem sentia, palha no cabelo era o de menos, lagarta era o menor bicho que aparecia. Com o passar do tempo, pulando sem parar, meu pai gritava muito, todas às vezes que nos empurrávamos lá de cima e caiamos de boca aberta naquele bagaço de resto de palha.  Sem dúvida era uma época maravilhosa.

Isso quando não encontrávamos outras diversões como: caçar calango. Adorava.  Eles eram coloridos e brigões.  Sempre fazíamos campeonato para saber qual o calango era o  mais bravo entre todos.  Amarrávamos pelo rabo e ficávamos empurrando eles para partirem para batalha, quase sempre era gargalhada, pois eles soltavam os rabos como defesa e lá ia nossa  diversão.

Lembro que, achando pouco o sofrimento dos bichinhos,  ainda saímos de leirão em leirão a procura dos pequeninos ovinhos, tão lindos! Pegávamos para fazer criação.  Até hoje nunca vi nenhum nascer (rs). Hoje, maior vejo que era muita maldade, aconselho a não fazerem  isso.

Como era gostoso ir ao sítio.  Meu avô sempre carinhoso levava todos em cima do carro de boi. Era uma adrenalina lembro com exatidão como ficávamos quando meu avô chamava para dar uma volta no carro de boi, subíamos numa gritaria de irritar qualquer um, mas a ele nunca.

Quantas saudades sinto dos seus carinhos, de quando me pedia para “ariaR” seus pés, de quando me colocava no braço para ficar me beliscando me chamando de gaza e seu cheiro ainda está aqui, no peito guardado,  como se em nenhum dia da minha vida eu passei sem ter pedido a benção a ele  e  te dado aquele abraço.

Quanta coisa maravilhosa vivi lá! Os dias pareciam longos cheios de vida. Lembranças é a essência de uma vida, e as minhas ainda não acabaram.

Texto originalmente publicado em http://altofalante.spaceblog.com.br/,  blog de Jaqueliny


Jaqueliny Martins

Filha de Sebastião Martins (Basto do bar) e Margarida Diniz. Técnica de Segurança do Trabalho. Casada. Moro atualmente no Rio de Janeiro e amo minha cidade Areial.


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