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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Inveja a gente só deve sentir e não matar


É assim que começo contando a minha história.  Quando adolescente vivia fugindo para o Açude Velho tomar banho e ver os corajosos pularem do pitoco do açude. Sentia tanta inveja da coragem de quem fazia.

Então em uma dessas belas tardes, eu, Vanessa Martins (esposa do Henrique), Henrique Balbino (filho de Cleide), Thiago meu irmão, Alisson (filho de Da Guia), Hélida (filha de Valdíria) e Laércio (meu primo) fomos, como de costume, brincar no açude.

Eu morria de medo de nadar, só boiava e ficava no raso. Os meninos começaram a pular do pitoco. Lá vai Henrique, Alisson, Laércio, todos.  E eu lá, morrendo de inveja, até que alguém fala, para eu pular que os meninos iam ficar esperando. Eu louca e com vontade de matar a inveja, comecei a pensar no assunto.

Fui várias vezes ver a altura.  Achava muito alto, mas resolvi pular, sem saber nadar só boiar.  Segundos antes de eu pular todos os meninos pularam e ficaram lá em baixo, esperando para me socorrer. Tentei pular e não consegui. 

Minhas amigas, falaram: “vai Jacky, deixa de ser mole”. Corri em toda velocidade para ficar longe das pedras e chegar mais próximo dos meninos, quando pulei senti que estava caindo... Sorri, mas quando olhei para baixo e não vi nenhum dos meninos, comecei a ficar preocupada.

Lembro que caí perfeita na água e descia como uma pedra para o fundo do açude. Foi quando abri os olhos e o reflexo do sol longe, fiquei desesperada, comecei a bater os braços para todos os lados e ninguém estava lá para me socorrer como haviam me dito.

Só que, como demorei, eles saíram para descansar. Comecei tentando boiar, porque nadar eu não sabia. Foi quando consegui chegar à superfície e lá estavam eles olhando para água, feito estátuas para ver se eu ia conseguir sair, dizem que meu irmão falava: “ela não vai consegui subir”, pergunto eu: por que já que ele pensou isso não pulou para me ajudar?

Gritei desesperada:  “me ajuda!”.  Afundei mais uma vez e, quando subi novamente, Henrique me puxou.  Eu tremia e todo mundo ria da cena. Fiquei em estado de choque durante uns dois dias sem consegui dormir direito. Por isso que eu digo, inveja  a gente só deve sentir e não matar,  porque você pode acabar morrendo.


Jaqueliny Martins

Filha de Sebastião Martins (Basto do bar) e Margarida Diniz. Técnica de Segurança do Trabalho. Casada. Moro atualmente no Rio de Janeiro e amo minha cidade Areial.

7 comentários:

  1. Jaqueliny vc teve foi coragem msm,pq eu tinha morrido so em pensar em pular..kkkk

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  2. Eu tive que viver para contar a história...kkk

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  3. Só podia ter acontecido contigo mesmo,essa história, visse Jaqueliny.kkkk
    Adorei, mas eu nunca tive coragem de matar minha inveja.kkkkkkkkk

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  4. São tantas histórias.... adorei, Jacky!

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  5. Cris te aconselho a n matar mesmo...kkk saudadesss
    Ju... amore....Obrigada.

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  6. a manéééé ...bj linda saudadessss!!!!!!!!!!!

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  7. Manéeeeeeeeeeee como esta??...bjo p vc tbm!

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