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domingo, 6 de fevereiro de 2011

O dia em que Gogóia sacou uma pistola nos Correios


A sede dos Correios ainda era onde funciona o Conselho Tutelar, ao lado da Prefeitura,  Graça (de seu Lucas) estava de cabeça  baixa quando dona Celina, mais conhecida como Gogóia chegou e ficou balbuciando palavras inarticuladas. Graça só ouviu quando ela disse: “se ele vier eu meto bala”, falou já sacando uma pistola.

De acordo com Graça, ela não entrou em pânico, porque naquela época, anos 90, não eram comuns assaltos nos Correios, muito menos em Areial. Porém, uma senhora, esposa de Arlindo do açougue, que estava conferindo os números da Tele Sena disparou numa carreira que nem as balas da pistola de Gogóia a alcançariam.

Só viram o vulto e os cabelos da senhora sumirem na porta no sentido do Mercado Público. Outro senhor que ia chegando aos Correios foi quem avisou a Graça que alguém havia esquecido duas Tele Senas no balcão de colagem das cartas.

Eu fico imaginando o desespero dessa senhora imaginando os tiros, as balas perfurando seu corpo, o sangue chorando na calçada. Ou mesmo vai-se saber se ela não pensou em uma morte imediata, um traumatismo não fatal ou  uma paraplegia.

A única coisa que sabemos, segundo as fontes, é que com a mesma naturalidade e velocidade que dona Gogóia sacou a arma, a devolveu para a bolsa e saiu resmungando palavras que não se ouviam direito e ninguém quis que ela esclarecesse o que havia acabo de dizer.

Assim, a pistoleira dona passou a ser temida pela molecada da cidade, pelos adultos e pelas mulheres nervosas. O ocorrido virou mito e muitas histórias se formaram. Até dizer que Graça passou mal e quase desmaiou espalharam pela rua. Pessoas contavam o “causo” as gargalhadas chamando “Gogóia Lampião” ou  "A velha da pistola".

Zélio Sales
Filho de Margarida dos Santos  Sales (de seu Zé Pedro) e Sebastião Salles (Basto Gabriel). Jornalista, blogueiro e descobridor de mundos. Nasci em Areial, mas vivo em Campina Grande, desde 2006.


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