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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Os ciclistas para Algodão de Jandaíra


Era carnaval de 2003 e decidimos fazer uma trilha de bicicleta com destino à pedra da Canastra (do Caboclo) em Algodão de Jandaíra. Estava sem bicicleta e arrumei uma Monark com Audir Paulino.  Detalhe: a coroa havia sido modificada e estava mais leve pra se pedalar, percorrendo caminhos íngremes sem fazer muita força, mas sem velocidade no geral. 

Saímos logo cedo, por volta das quatro da manhã. Levamos alguns provimentos para passarmos um dia inteiro fora. A chuva nos aguardava e saímos em trilha. Por volta das seis horas,  avistamos a tão famosa pedra e encontramos uma senhora, que aparentemente não via gente por aquelas bandas havia muito tempo e acabou se espantando ao ver oito ciclistas chegarem próximos a sua casa.

Chegamos ao local por volta das sete da manhã. Fomos logo procurar a tão famosa caverna onde os índios se escondiam quando atearam fogo. Encontramos. Levamos uma corda para descer até lá. Chegava a uns 40 metros de altura. 

Descemos por entre as pedras escorregadias e com muito trabalho chegamos ao local. Quando voltávamos, um dos intrépidos alpinistas teve uma crise de pânico ao olhar para baixo e ali mesmo ficou. Nem subia, nem descia. Sorte que tínhamos a corda que jogamos e após algum tempo, conseguimos puxá-lo de volta para cima.

Mesmo depois dos acampamentos parece que não aprendemos a lição e passamos pelos mesmos apuros. Levamos um pouco de arroz para colocarmos no fogo. Os meninos levaram uma espingarda bate-bucha para caçar algo para comermos por volta da hora do almoço. Quando voltaram, vieram com apenas duas rolinhas pra oito bocas famintas e vorazes. Fiquei somente com a coxa de uma rolinha. Deliciosa diante da fome que estava.

Patrick de Arinaldo inventou de levar um pedaço de queijo que devia pesar uns duzentos gramas. Começou a assar esse queijo na brasa. Todos com fome esperavam ansiosamente, mas o danado do queijo inventou de cair no fogo e lá se foi, consumido pelas cinzas. Ficamos somente de água na boca.

Levamos alguns biscoitos e frutas. Ainda bem, senão...

Ao voltarmos decidimos ir pelo município para conhecê-lo. Todos nos viram com espanto quando chegamos em comitiva procurando um comércio na cidade onde pudéssemos comprar algo para bebermos. Fazia um calor infernal. Achamos um local que vendia refrigerante (caríssimo) e tinha algumas sinucas que nos divertiu enquanto estávamos lá.

Perto do meio dia decidimos ir embora voltando pela estrada que liga Algodão de Jandaíra a Remígio. Erramos o caminho e após andar por volta de meia hora decidimos perguntar a um senhor onde aquela estrada daria. O senhor nos deixou espantado quando disse que a estrada daria em Barra de Santa Rosa (muito mais distante de Remígio). Voltamos tudo e retomamos o caminho que nos levaria a Remígio. 

Depois de um bom tempo, enfim chegamos ao asfalto. Rodrigo com sua bicicleta se mandava na frente e nós tentávamos alcançá-lo. Minha bicicleta não ajudava e ao me esforçar para andar no ritmo que eles acabei tendo cãibra umas cinco vezes até chegar a Remígio. Pense num sofrimento.

Ao chegar a Remígio, fomos conhecer a Lagoa. Tinha uns manguaceiros bebendo e brincando o carnaval. Pegaram Frank pelo colo e o jogaram dentro da Lagoa.

Após uma longa jornada chegamos a Areial após cinco longas horas, num Sol escaldante, exaustos e com fome como nunca havíamos estado antes.


Carlos Henrique Pereira Balbino 

Filho de Carlos Alberto Barbosa Balbino (Carlão) e de Cleide Lene de Souza Pereira Balbino. Administrador de empresas, ex-secretário adjunto de finanças do município de Areial.  Natural da cidade de Sobradinho – DF e Areialense de coração.


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