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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Histórias dos bastidores da Amor Caipira




A Quadrilha Junina Amor Caipira,  grupo cultural da nossa cidade que detém,  hoje,  a marca de Melhor Quadrilha do país, vem conquistando títulos e fama. Todo mundo conhece o trabalho realizado pelo grupo, porém, quem conhece os bastidores? Ensaios, viagens etc. Muita coisa acontece nos bastidores, muitos fatos inusitados fazem  com que quem passe pela quadrilha fique com uma parte da vida marcada e com muitas histórias para contar.

Não vamos contar histórias seguindo a ordem dos anos, iremos seguir aleatoriamente. Começamos em Junho de 2009, exatamente no dia 20,  um belo sábado daquele mês. A Amor Caipira havia se classificado para a final do Forrónovos, na cidade de Currais Novos, era a disputa mais importante de uma quadrilha da cidade de Areial e uma das mais Importantes da Paraíba. 

No mesmo dia tínhamos a etapa eliminatória do festival da Paraíba. Um dilema:  Joab, nosso vocalista,  iria tocar em um casamento e não poderia acompanhar a quadrilha, conseguimos um carro para Joab ir até Barra de Santa Rosa,  cidade da Primeira apresentação da noite.  Ele iria apenas para fazer a apresentação em Currais Novos  e deixou Elber Victor incumbido de levar o regional nas costas.

O pulo do gato

O Inevitável acabou acontecendo, Elber pulou  a metade de uma música,  como as coreografias da Amor Caipira são baseadas na música, o que deveria ter acontecido era todo mundo errar ficar parado ou sei lá...  qualquer outra coisa poderia ter acontecido.  Mas inacreditavelmente todo mundo pensou a mesma coisa na mesma hora, escapando de uma vergonha histórica.]

Todos saíram andando,  tapeando e  encenando como si nada tivesse acontecido  e conseguiram parar no canto certo e na hora certa.  Passado o Susto, vem o segundo dilema: o motorista que vinha trazendo Joab a Barra de Santa Rosa era Claudemir, de Dona Chiquinha, que tem o velho costume de andar bem devagar para ficar conversando assuntos de Guerra com seus passageiros.

A Quadrilha precisava seguir rapidamente para Currais Novos,  que fica a 2 horas de Barra de Santa Rosa, já passava das 20h e nos esperávamos ansiosamente a chegada de Joab, quando surge Zaqueu Cabeção sem querer partir para Currais Novos/RN, enquanto o vocalista não chegava.

Zaqueu Rocha fazia de tudo para não irmos, para não viajarmos e ficar em Barra.  Uma coisa que não falei, é que não tínhamos dinheiro pra pagar a viagem, mas como na hora todo mundo pensou com a emoção não com a razão, optamos por ir, a premiação do festival era 5 mil reais para campeã.  

Detalhe: quase ninguém acreditava em uma vitória já que estariam lá as melhores do nordeste. Em fim Joab Chegou pronto para tocar e também pra dar aula de História da Segunda Guerra, então entra todo mundo no Ônibus e seguimos viagem.

Nosso Motorista, Jr. Boca D’Agua,  passa a fazer um festival de susto para ciclistas no caminho.  Já na cidade de Picuí,  uma senhora gordinha de uns 50 anos, vinha andando no acostamento da rua, pensamos, ele não vai fazer isso.  Ao contrario do que pensamos, Boca usa a buzina de “trem” que tinha no Ônibus. A   senhora passa a cambalear e acaba caindo.  De Barra até currais novos Júnior deve ter derrubado de susto pelo menos umas 7 a 10 pessoas.

 Enfim, chegamos a Currais Novos, todo mundo cansado da última apresentação. Já passava das 23h.  Éramos a última a se apresentar, pelo menos 6 mil pessoas se apertavam nas arquibancadas da Arena. Preparamo-nos e  entramos na arena fizemos a apresentação, pra surpresa nossa e do público todo mundo deu um show.

Ao sair da arena uma ambulância esperava do lado de fora pessoas que pudessem chegar a passar mal, a enfermeira  chega pra Duane de Nelson da Emater e Henrique de Everaldo Barbosa, “vocês não passa mal depois de um rojão desses não? Normalmente quando uma quadrilha termina aqui, é  uma sessão  de desmaios e vocês estão ai bonzinhos”.

 Nessa Hora passa Schneider,  que é de Puxinanã mas que dançava na Amor,  diz:  “Vamos Dançar onde agora ainda aguento mais três”.   Henrique completa dizendo que já era a segunda apresentação da noite, a enfermeira acaba não acreditando.

 As Meninas vão para o alojamento tomar banho e os homens aguardavam o resultado na Arena. O evento era transmitido pela TV, alguns outros membros estavam fora do ônibus e outros guardando os adereços. Sai então a terceira colocada, neste momento estava na Arena, Duane, Elias, Lukinha, Bruna, Joab, Laércio, Jhonny aguardando o resultado,  todos em volta de um círculo abraçados, quando subitamente um segurança diz a Elias que a Amor Caipira havia ganhando pois tinha visto o Resultado. 

Elias começa a suar frio falar pros demais, todo mundo fica meio que alucinado, Duane então diz: “Cala a boca espera, espera!”  Sai então,  a segunda colocada, ainda não era a Amor Caipira, enquanto isso no alojamento, as meninas que estavam tomando banho ficam na ansiedade. 

Aline de Zé de Bill pede a Fabiane, filha de Fátima Guedes,  para ir até a TV e ver o resultado.  Fabiane volta e diz “Já Saio o 3º e 2º lugar nós temos chances?” , Aline responde “há já era não temos mais chances”.

Sai o Primeiro Lugar:  Amor Caipira vence com a maior pontuação da história do festival.  Quem estava na Arena vai a loucura,  felicidade a Mil.  Amor Caipira havia vencido um festival em nível Nordeste batendo mais de 60 Quadrilhas. No alojamento, as meninas estavam tristes e cabisbaixas, sem saber do resultado. No ônibus,  Zaqueu Rocha resmungava,  enquanto Zaqueu Aires estava colocando os adereços guardava os adereços. Passa um cara e eles perguntam quem havia ganhando.  Ele  diz que foi uma da Paraíba, ai já sabe o que aconteceu.

O discurso do deputado

Francisco Fez discurso de deputado em um palco da cidade.  Era um discurso épico, ninguém aguentava.  Era risadas e mais risadas, o povo se juntou pra ver as palhaçadas de Francisco. Aqueles que tinham idade para beber, simplesmente ficaram embriagados, teve gente que ofereceu cerveja e até dinheiro pra ficar com uma menina, outros acharam uma fã da quadrilha uma senhora de uns 50 anos que foi a Arena com bandeira e tudo.

Na volta,  primeira parada do ônibus 5h, descem os homens para urinar, Francisco e Schneider resolvem sair correndo só de tanga no asfalto, enquanto Elber Bêbado vomita dentro do chapéu de um dos dançarinos.

Seguimos viagem e o pneu do ônibus fura no meio do Cariri, às  6h da manhã.  Todo mundo cansado, eu disse cansado? Ao descerem do ônibus a galera continuou com a festa “é Campeão é Campeão”. O detalhe é que o ônibus havia parado em cima de uma ponte embaixo era um rio, Vivi de Sessé deixa cair um litro de 51 lá embaixo.

Começa, a luta para recuperar o litro, pelo menos 10 pessoas entraram na mata em busca do litro, enquanto isso ônibus era consertado.  Um dos desbravadores resolveu ir sair da trilha para dar uma “cagada”, na linguagem popular e quase acabou ficando lá mesmo. Voltou com calça rasgada e sem camisa.  O quê esse cara fez é um enigma até hoje. 

Seguindo a busca pelo litro, fizeram até corrente uma para salvar o precioso,  como ficou conhecido o litro.  Teve até ajuda de Reginaldo,  o peixe de pelúcia que servia para o teatro da quadrilha. Em seguida,  o litro foi recuperado, o busão consertado e a viagem seguiu.  

A quadrilha ainda parou em Barra de Santa Rosa para comer e segui para Areial. Chegando à cidade, a turma Amorzeira soltou fogos e fez desfile pelas ruas da Cidade.

Duane  Gonçalves
Filho de Nelson Pedro (Nelson da Emater)  e Mª Miranei Gonçalves, meus avós paternos, Nelson Pedro da Silva e Beatriz Fernandes. Meus avós maternos Mirian de Antônio Apolinário e Valú (de Sebastião Victor). Nasci em 1990, em Campina Grande. Moro na Casa que fica de Esquina entre a Rua São José e Manuel Clementino (Rua da Praça).
Estudante de Comunicação Social Habilitação em Jornalismo pela UEPB.  Coordenador do Grupo Amor Caipira. Membro da Associação CulturaL Amigos de Areial e da Federação Paraibana de Quadrilhas Juninas.
 Contatos: duane_areial@hotmail.com  (83) 8729-8650


3 comentários:

  1. parabens, pelo belissimo texto
    um abração e tudo de bom

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  2. Nunca Pensei que as quadrilhas fossem assim.
    gostei.. quando vem o proximo texto?

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  3. Quem nunca dançou quadrilha não pode falar absolutamente nada pois não sabe o que é.
    Quadrilha é como droga depois da primeira vez vc fica viciado.
    Ainda mais quando se dança em um das melhores e mais famosa quadrilha do brasil

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