Tudo começa quando uma pessoa chega à Prefeitura de Areial a procura de Zaqueu Aries, o Pezão. O cara que se apresentava por Júnior, veio para convidar a quadrilha a fazer uma apresentação na cidade de Gado Bravo. Esse tal de Jr. se dizia ser o Secretário de Cultura da cidade.
Isso foi em 2009, a Amor Caipira passava a ser uma das maiores forças do País, já detinha dois títulos interestadual, coisa que só a Amor Caipira conseguiu fazer em um só ano. Jr., então, usou essa justificativa para levar a quadrilha até sua cidade, dizendo que seria feito uma festa só para nós, que queria mostrar para a cidade o que é uma quadrilha de alto nível, queria levar umas das principais quadrilhas do país para sua cidade.
A proposta parecia boa, pelo o que o cara havia falado pra Zaqueu seria uma cerimônia de Gala para a Quadrilha. Jr. ainda prometeu pagar o transporte que era R$ 500. Zaqueu caiu na conversa do cara, na verdade todo mundo caiu. Chegado o dia, todo mundo se prepara para ir a Gado Bravo, era um domingo, entramos todos no ônibus e seguimos viagem.
Achando que havíamos chegado à cidade, percebemos que o motorista tinha errado o caminho e entrou em um sítio, uma vilazinha mais ou menos como o pintado, quando chegamos lá pra pedir informação, todos os moradores apagaram as luzes e fecharam as portas.
Acho que o pessoal pensava que éramos bandidos, eles pensavam que era uma quadrilha de ladrão, acertaram na parte em pensar que era uma quadrilha, mas erraram em pensar que era de bandido, uma pessoa resolve nos ajudar e diz o caminho correto.
Seguimos viagem. Pegamos uma estrada de barro cheia de buraco até chegar a Gado Bravo. Quando chegamos, nos deparamos com uma cidade deserta não tinha ninguém, enquanto Zaqueu procurava por Jr. alguns foram procurar uma lanchonete, ao encontrar uma o cara perguntou se era assalto, (pra ter ideia como a cidade era movimentada no domingo) começamos a rir, e explicamos o acontecido para ele. Uma das pessoas que estava na lanchonete, conhecia o Júnior, e disse que ele era um enrolão, que não tinha nada de festa por lá e que ele acabara de fazer de nós mais uma vítima dele.
O cara entra em contato com Júnior que prontamente atender dizendo que tinham acontecido alguns fatos, mas que não nos preocupássemos, pois estava havendo uma festa em uma fazenda ali perto, que tinha um banquete esperando por nós, e que mandaria transporte para irmos, ele também disse que lá estaria o prefeito e o vice, a fazenda era da família do prefeito, pensamos logo que era coisa grande.
Passado alguns minutos cerca de meia hora, chega nosso transporte, e para nossa surpresa era duas F 4000 com cadeirinhas etc., ou seja, um pau-de-arara, alguns nem pensaram e foram logo subindo, uns ficaram se amarrando principalmente as meninas com pinta de “Paty”. Mas no fim, todo mundo subiu no transporte, só ficaram Zaqueu Cabeção, e Nany, Arnon, Adriano e Soraia e o Zabumbeiro, o restante foi de pau-de-arara para a fazenda.
O Motorista ligou os caminhões e todo mundo começa a gritar “Novo Areial, Novo Areial, Novo Areial”, alguns de início não entendeu o porque de gritar Novo Areial, depois caiu a ficha que era pelo fato de ser um time cômico da cidade de Areial e também porque os times de nossa cidade só viajam de pau-de-arara.
Após gritar Novo Areial, todo mundo passa a gritar é campeão, é campeão, é campeão, o povo da cidade saiu de suas casas pra ver o que era, obviamente ninguém entendeu, mas continuamos a cantar e gritar, até que o pau-de-arara entra no meio do cariri seguindo seu caminho.
Eram dois paus-de-arara, em certo ponto do caminho, o que ia na frente entrou em um caminho e o segundo foi por outro, seguindo viagem, perguntamos a quem estava ali o que cada uma achava daquela situação inusitada, cada uma com uma resposta mais mirabolante respondia.
Senhor Deusinho sanfoneiro de 50 e tantos anos, respondeu, “em toda minha vida essa é a experiência mais magnifica que passei”. Thais Ribeiro filha de Eliane de Zé Ribeiro, ia sentada no banco de perna cruzadas toda na pose, a galera não perdoou, “galera olha a boneca de pano andando de pau-de-arara”, foi um zoação só.
Alguns Minutos se passaram e o motorista para o carro em um local que parecia ser um matadouro. Tinhas umas cruzes era assustador, ele desce do carro e pergunta, “vocês sabem onde fica essa fazenda?”, Henrique de Everaldo Barbosa e Valdeybson de Darcy começaram a rir e dizer que ninguém ali em cima do carro não sabia absolutamente nada.
Todo mundo ficou agoniado (estamos perdidos no meio do cariri) até que alguns fogos coloridos a alguns quilômetros começam a explodir, então Francisco Eleutério diz “segue os fogos motorista que a gente chega lá”. O Motorista atendeu prontamente e seguiu caminho, a região era assustadora. Algumas pessoas passam a contar estórias de horror, e assim começa o furdunço no pau-de-arara, as meninas gritavam e gritavam, até que é avistada a fazenda.
Chegando a “fazenda”, não tinha prefeito nem vice, e a fazenda era apenas uma pequena casa bem simples. A festa era um caminhão como um som e um cara tocando teclado, um senhora então prepara o banquete, picado com macaxeira, batatas, sangue, e mais algumas coisa, não tinha iluminação onde a senhora montou o banquete, o pessoal da Amor Caipira colocava as coisa dentro dos seus pratos e ia até a luz pra ver o que havia colocado nele, só pra constar o banquete foi colocado do lado de fora da casa praticamente dentro do mato.
Alguns membros da quadrilha perguntaram se não havia bebida ali, a senhora então deu 2 litro de Montilla para o pessoal que logo reviraram, enquanto isso senhor Deusinho e Joab procuravam um prato, porém não encontram então pegaram uma das tigelas que estava no banquete e completaram.
Era comida pra cinco pessoas, o que eles colocaram dentro da tigela. Aqueles que estavam bebendo “os bodes velhos” avistaram três meninas na festa de que não tinha nem 30 pessoas (90% era velho Bêbado), e foram logo atacar de garanhões.
Algumas meninas procuravam algum lugar para urinar, a senhora mostra onde ficava o banheiro, era um daqueles bem afastados da casa, ao chegar lá, era um banheiro bem rústico escuro e o vaso... Não tinha vaso era um buraco e pra variar tinha um pinto doente dentro do banheiro.
As meninas que estavam lá começam a rir e decidem ir ao mato. Andam um pouco uns 10 a 20 metros e encontra uma velhinha urinando ali, decidem então esperar até que a quadrilha fosse embora e parasse em um posto.
Já perto de ir, Júnior, o enrolão, decide discursar, sobe no palanque e agradece, então pede que alguém da quadrilha fale algo, Zaqueu o Pezão, então vai discursa mas não consegue porque a galera em baixo passa a zoar e zoar. Acabado os discursos, voltamos para Gado Bravo, em mais uma vigem de loucuras e acontecimentos, o pessoal tinha brincadeira pra tudo.
Em uma certa hora, Valdeybson de Darcy, pede que o motorista pare o carro, para ele urinar, o motorista disse que não podia porque estava em uma subida, ele aproveita que o carro estava muito lento e desce, pra surpresa dele um cachorro o ataca e sai correndo tentando pegá-lo, ele corre e mija ao mesmo tempo, o pessoal começa gritar, (pega, pega, pega) enquanto Valdeybson gritava: Para, para!
Por pouco não foi mordido pelo cachorro. Chegamos ao ônibus e partimos de volta para Areial. Ainda paramos em um posto onde aconteceram alguns outros fatos. Na saída Rodrigo “Frajola” e Francisco Eleutério, disputam um resto de pamonha deixada por um caminhoneiro, até que chegamos a Areial e todos chegaram a conclusão: Apesar de não ter festa, e da quadrilha não dançar, também de não ser nada do que pensávamos foi uma das melhores viagens da Junina Amor Caipira.
Acontecimento seguinte: Júnior não pagou o ônibus, e a quadrilha acabou pagando com a premiação do 5º lugar Nacional, Júnior ainda tentou convidar a quadrilha pra participar de um suposto festival em 2010, desta vez Zaqueu não caiu na conversa dele.
Duane Gonçalves
Filho de Nelson Pedro (Nelson da Emater) e Mª Miranei Gonçalves, meus avós paternos, Nelson Pedro da Silva e Beatriz Fernandes. Meus avós maternos Mirian de Antônio Apolinário e Valú (de Sebastião Victor). Nasci em 1990, em Campina Grande. Moro na Casa que fica de Esquina entre a Rua São José e Manuel Clementino (Rua da Praça).
Estudante de Comunicação Social Habilitação em Jornalismo pela UEPB. Coordenador do Grupo Amor Caipira. Membro da Associação CulturaL Amigos de Areial e da Federação Paraibana de Quadrilhas Juninas.
Contatos: duane_areial@hotmail.com (83) 8729-8650
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ResponderExcluiressa foi muito boa parabens kkkkk
novo areial novo areial
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(ESPETACULAR) DE TODAS A MELHOR...CHIQUINHO PEREIRA
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